sábado, 28 de dezembro de 2013

O sono justo, o justo sono.

Dormi por sei lá quanto tempo, quando acordei me senti leve, sem saber onde estava, muito menos a data, se era tarde ou cedo para alguma coisa... O quarto era feito de silêncio e escuridão, e não quis levantar de pronto, passei bons minutos só olhando o teto sujo, imaginando o ventilador soltando mosquitos pelas pás. Senti um cheiro forte, não sei se estava no quarto ou morava na minha imaginação. Era algo meio agridoce, coisa que a gente não consegue definir com palavras bobas, só se sabe quando ele entra pelas narinas e invade o pulmão sem pedir licença. E num repente de realidade, senti teus pés entre o lençol que nos separava e os meus pés cansados. Só assim despertei da minha viagem, e outra vez trepamos, feito dois anjos no meio de um paraíso, feito em nosso quarto. E depois nos agarramos ao sono da preguiça gostosa, aquela que só a gente conhece.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Então é natal, pegue no meu pau.


Ouvi passarinho cantando, e o dia amanhecia, mas isso não é poesia. Porra de poesia! Quem só faz poesia fantasia, é punheteiro em demasia.

Foto: duas luzes no dia que Cristo nasceu, ou morreu.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Um fio de cabelo na lembrança.

Outro dia encontrei um fio de cabelo, e não era no paletó. Não uso paletó, só camisa polo ou de botão, daquelas com bolso no lado do coração e sem manga. O fio estava escondido num canto do quarto, meio perdido entre o pó de uma saudade que eu não sabia de onde vinha, e outras coisas. Era preto, bem pretinho, meio comprido, estava comigo por sei lá quanto tempo, e eu não sabia de qual cabeça tinha caído. Tentei sentir algum cheiro, foram tantas lembranças guardadas em memórias boas, daquelas que a gente lembra quando está sozinho tomando um café ou um copo de suco, olhando pessoas desfilando com suas aflições. Tentei mais uma vez encontrar a dona do fio de cabelo, mas mais uma vez me perdi em pensamentos carregados de lembranças suadas. E continuei meio perdido, só me restando imaginar, que o fio caiu sem a gente perceber, e ficou aqui comigo, como lembrança. De quem? Não sei. Será que foi de você?

domingo, 1 de dezembro de 2013

O ônibus.


Ando de ônibus há muito tempo, uns vinte anos, e é muito para eu não gostar. Observo os passageiros, meus colegas de viagem, e conheço alguns, mas creio que eles não me conhecem, pelo menos a maioria. Sei onde trabalham, horário que saem de casa, e se for mulher, até os dias que ela lava o cabelo, pois sinto o cheiro do shampoo. Alguns ouvem música durante toda viagem, e pelo que vejo na tela do Smartphone, sei um pouco do gosto musical, que vai de pagode, passando por algumas FMs até as músicas dos padres modernos. Do mesmo modo que fico mais ou menos conhecido entre os caixas de supermercado, donos de boteco e banca de jornal, uma e outra cobradora, e também o "piloto", me conhecem, isso é por conta d'eu pegar apenas duas linhas, 239 e 247, isso há uns três anos, antes eu só andava na 229. A 229 era muito legal, tinha uma cobradora que nunca possuía troco, e quem pagava com uma nota acima de cinco reais, ela mandava passar e depois dava o troco. Na maioria das vezes, ele fazia isso de sacanagem boa, para tirar onda com os trabalhadores que iam para o trabalho, já cansados, e com os que voltavam para casa, pensando no dia de amanhã. As vezes sinto falta da linha 229, no ponto final, que é no Buraco do Lume, têm um espetinho com cerveja gelada, e eu sempre batia ponto lá.

Foto: Linha 247 - Passeio, Lapa.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O grito da torcida


A memória, essa velha companheira que teima em me trair, peço com fineza que não me deixe mentir mais uma vez. Voltei a fita do tempo e lembrei de uma copa do mundo, acho que a de noventa, de um jogo do nosso escrete verde e amarelo. Todo mundo doido, quase feriado nacional (pelo menos na hora do jogo), a rua toda enfeitada com tiras verde e amarela... E aqui vale dizer, na época de copa, todo mundo da rua contribuía para enfeitar os postes com fitas e mais fitas, que fazíamos de madrugada.
E lá estava eu soltando pipa sozinho, no telhado da casa onde morava. Entre embicadas e bicadas, de repente ouvi um grito de multidão, que foi seguido por fogos e mais fogos, gol do Brasil! Na hora "H" não sei o que senti direito, mas sabia que era por conta de um gol do Brasil. E fiquei lá ouvindo os gritos e o explodir das bombas. Foi muito legal.
Hoje tive uma sensação parecida, muito parecida. Moro próximo ao Maracanã, e o Flamengo com toda sua torcida, deixou a cidade preta e vermelha. Ao sair do escritório vi muita gente na rua, turistas em maioria que enfeitaram e embelezaram a cidade... Vim para casa fazer o de sempre, e entre trabalho e uma dose, lá no canto da sala a tevê sem falar nada exibia as imagens do jogo. De repente um grito de multidão, gol do Flamengo! Puta que pariu! Ouvi os gritos e as bombas ganharam o ar. É muito legal ver essa alegria, essa festa e etc. E fico aqui imaginando, como será na Copa?

Foto: Em 2008 quando fui ao Maraca ouvir os canários cantarem.

sábado, 9 de novembro de 2013

não sendo mal perguntado, sai muito bem respondido.

criança que não estuda
precisa de uma escola

pra quem se dá a esmola
pro pobre que necessita

coisa que a gente evita
por outro se enganado

e se recebe o troco errado
desfaz o mal entendido

não sendo mal perguntado
sai muito bem respondido.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Duzentos gramas de salame e dois pães.

Fazia tanto tempo que não ia à padaria, o que quase me fez esquecer do cheiro do pão quente, aquele pão de derreter manteiga. Apesar dos primeiros dias do horário de verão me deixarem meio sem noção do tempo (me oriento pelo sol, o que é até fácil - crepúsculo matutino - meio-dia - crepúsculo vespertino, fui a padaria comprar o pão ao fim de mais um dia, mas ainda era muito claro para ser fim do dia. E na fila do pão quente conheci a menina J, com seus cabelos curtos e um par de óculos, que estava meio agoniada entre pedir duzentos gramas de salame e dois pães; um smartphone que insistia em tocar e um atendente que tinha caído do berço.
Sorri leve e silencioso, e pelo vidro que estava acima da cesta de pão, ela flagrou, olhando minha cara estampada. Com certa raiva acima das costeletas, perguntou se eu achava sua agonia engraçada. Respondi que não, mas que sempre sorria pra tudo aquilo que não entendia.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

"Ela e sua janela"


Quase sempre meio lento, e nos mesmos dias de horas iguais, vou passeando pelas ruas do "condomínio", e tentando me livrar do tédio que é não chegar em casa, retiro dos pés um pouco da atenção, e a jogo nos sons das casas e apartamentos. Vez por outra desvio o olhar do caminho tão conhecido, e procuro alguém descendo escadas, outro alguém largando o lixo na calçada, uma sala vazia ao som de uma luz acesa... Ou alguém numa janela, com olhos tristes como quem toma café da manhã em solidão, e só consegue olhar para uma parede vazia, quase desbotada e sem cheiro.
Hoje minha vista foi invadida por uma morena e sua janela. Ela e seus cabelos crespos, tão bonitos que de certa distância cheguei a sentir o cheiro, e um par de olhos soltos na rua, que soltavam faíscas carentes.

E no ouvido: Chico Buarque - Ela e sua janela. Música que veio à mente, no instante que pousei os olhos na morena do cabelo crespo.

sábado, 5 de outubro de 2013

Minha vó

Sempre lembro da minha Vó, Dona Ruth. Ela era linda, parecia mais uma "artista de cinema", como dizem... Quase sempre deitada em sua cama, minha Vó lia gibis, e tinha sempre uma vela por perto. Gostava de reclamar das coisas, ela reclamava muito das coisas, eu acho. E era tão linda, ow. Tão linda como uma flor de cor azul ou vermelha, era minha Vó Ruth, linda de morrer.
Meu avô, Sr, Wilson, gosta de fotografia, teve até um laboratório em casa, onde revelava as fotos da família. E ele fez um retrato da esposa, que é lindo. Esse retrato tá guardado aqui na cachola, para eu sempre lembra de bons momentos, e de como minha Vó era linda.
Eu e meus primos vivíamos ensandecidos na casa da minha Vó Ruth. E roubávamos "leite de moça", chupando manga no pé, e comíamos jambo, enquanto corríamos no oitão, fugindo das vassouradas da Tia Rita. Puta que pariu! Era muito bom.
Houve uma época que minha irmã, que carrega o mesmo nome estudava perto de lá, e sempre almoçava com ela. E no quarto da minha Vó, havia uma foto da minha irmã bem pequenina, com seus cabelos loiros, quase brancos feito cal. Minha irmã adorava esses dias.
E minha Vó Ruth esta entre tudo e todos, e da cama, minha Vó Ruth era assim, comandava uma casa inteira e uma família. 
Das tantas mulheres que cruzaram meu caminho, poucas foram tão lindas como minha Vó Ruth, não só por ser linda em aparência, mas por ser linda por ser uma mulher de pulso forte.

PS: O retrato em preto e braco fico devendo, a espera do meu Tio Renato.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A rede

Quero uma rede para deitar minhas costas e o resto, e com vista para uma janela, que não precisa ser grande nem pequena, só precisa ser janela, eu possa olhar... Quero a rede solta, que venha feito vento doido, e todo solto, faça marca e fira a carne, para se perceber.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Pimenta no cu dos outros, é mesmo refresco.


Em que pese a loirinha no canto da foto, na hora não reparei, e muito menos que ela ria. A situação não era boa. Uma multidão saía louca da Rio Branco, e entrava na Almirante Barroso tentando escapar do gás lacrimogêneo. E quando o vento trouxe o maldito... Comparado a inalar essa porra de gás, pimenta no cu deve ser mesmo refresco. Puta que pariu!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Olhando a conversa dos outros

O monitoramento dos nossos passos digitais é algo que eu sempre soube existir, e por conta disso, não me surpreendi com as declarações do menino Snowden. E esses dados, claro, são usados para o bem ou para o mal, outra coisa óbvia.
Andaram espionando nossa queridinha Petrobras, e ora ora, os motivos são óbvios, dinheiro, né não? Só pode ser, ou alguém acha que os EUA querem saber do povo que posta textinho bonitinho no programa "me inspira" ? Porra nenhuma.
Mas nem tudo é maldade. Aqui no Rio de Janeiro, os celulares serão monitorados, e com os dados em mãos, a turma vai saber onde o povo anda, horários etc, de posse desses dados, dizem por aí que vão melhorar o trânsito, os transportes públicos e bla bla bla. Muito legal isso. :)
E um dos melhores monitoramentos acontece aqui no Facebook. Hoje conversava sobre stress, dor de cabeça, coisas do gênero... E em poucos minutos recebo uma propaganda: "Estressado? Esteja preparado com o desodorante NIVEA stress protect." Puta que pariu! É o desodorante, que além de tirar a porra da sovaqueira, deixa você zen. 
Mas ainda prefiro o AXE, que traz uma arca cheia de mulher doida pra trepar.

domingo, 22 de setembro de 2013

Um sofá, a sombra e certas coisas.


O corpo é meu tempo, minhas coisas, minhas pernas tal, é só meu, e só nosso... "Mas sempre mais meu", já dizia a cria da minha costela, D. Maria Egoísta, que ficou com todo prazer na memória, e outras coisas, para irmos até lá...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A lua que não é


Hoje a Dona Lua estava meio bonita, como quase sempre é. E por saber do seu ciclo previsível, o que é chato, ela não diz muito de mistério.
Lua não é feito mulher, coisa que a gente tem que desvendar, arrancar camadas..., e por fim gozar.
Lua é só aquilo no céu que a gente olha, acha meio bonito, fica pensando e diz, mas que coisa boba da porra.

Foto: Sem legenda séria. E qualquer coisa, etc noves fora nada, dê um pulo na Lapa, tome duas cervejas e vá pra casa dormir, teu mal é sono.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Post tapa no ovo

Eu nem faço tanta questão do Facebook monitorar meus posts, comentários e etc, que monitore mesmo, eu quero mais é mandar o Mark Zuckerberg tomar no cu. E com posse desse conteúdo, que fique aqui os robôs do Facebook diuturnamente divulgando páginas e contatos para mim. Isso é bobo e até esperado. Mas uma coisa tem incomodado desde a semana passada. Alguém que você acompanha vai lá e posta algo, e voce não curte e nem comenta. Lá se vai mais um "post" para o mar dos posts sem fim? Porra nenhuma, ele fica voltando para o início do seu 'feed de notícias', sempre que o tal post é comentado. E isso rola por alguns dias.
Puta que me pariu! Pior que refugo, só tapa no ovo.

Os falantes e o senhor.

A noite chegou mansa e calma, como deveriam ser todas as noites, inda mais carregando uma chuvinha que nem molha ou faz cheiro. E vou ao ponto de ônibus esperar um milagre meio vazio.
Fiquei encostado numa arvore  olhando a rua, enquanto uns pingos desciam entre folhas e galhos, e molhavam minha cabeça, e o resto do mundo. Um homem aparece no meio da praça, e com sua bicicleta cheia de falantes gritavam: "Reunião do descarrego às 19 horas! Hoje faremos uma oração para fechar seu corpo com os sete mantos sagrados, e....". Assim caminhou o anúncio do peregrino da Igreja Universal.
Puta que me pariu! Sete mantos sagrados é pior que um cinto de castidade. Imagino o coitado depois de ter o corpo fechado por "sete mantos sagrados" sentir vontade de soltar um sopro anal. Se tentar soltar vai explodir, e quem sabe encontrar deus, ou o diabo.

domingo, 15 de setembro de 2013

O caos que é viver.


E lá fora há um enorme caos, que é feito por pessoas, e tudo isso deixa qualquer um sufocado. É o muito dito para se fazer, para viver, e vem como obrigação a descer em goelas inocentes e carentes de sei lá o que.
Mas todo santo dia vejo um pé de castanhola que fica em frente a minha casa, e junto com ele, um outro pé de manga no quintal, umas bananeiras e um pé de acerola, me dizem em qual estação do ano estamos. E nessa época basta deixar as janelas do quarto abertas por algumas horas, para o chão logo ser coberto por flores que caem do pé de castanhola. E daqui a pouco são as mangas no quintal, que caem para encher jarras de suco, que irão regar boas doses de vodca.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

The Wonders.


E caminhando por pensamentos, certas coisas e etc... Sigo torto, eu e minhas minhas coisas, que hoje me fizeram deparar com essa música. Ela é parte da trilha sonora do filme 'The Wonders', alias, é a música principal, do filme que foi lançado por volta de noventa e tantos.
Lembrei que assisti em casa, numa época em que eu ainda ia ao cinema com certa frequência. Assistir em casa foi coisa da minha namorada na época, uma linda e doce morena chamada menina W., que me emprestou uma fita VHS com o tal gravado.
Lembro bem, tão bem, que sinto o cheiro do dia. Era uma virada de noite (sexta-sábado), em que fui à casa da minha pequena, e lá entre beijos e etc, trouxe eu além do cheiro em mim, uma cópia do filme.


No ouvido: The Wonders - That Thing You Do!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Protesto contra o protesto na Cine.


Passo por esse lugar todo santo dia útil, e desde não sei quantos que o povo anda a redecorar o recinto. Ao lado direito da foto há um acampamento, onde as pessoas dormem em barracas, e fazem suas necessidades; e no lugar da foto? Hoje há 'túmulos' protestantes. Mas na frente do Amarelinho? Puta que pariu! São velas cheias de rezas e pintadas com tintas vermelhas, que carregam frases que eu não entendo. Tudo adornando o local.
Misericórdia.

sábado, 7 de setembro de 2013

Uma música em três horas

Ouvi uma música por cinco horas, e puta que me pariu! Isso é loucura? Não penso que seja, pois lá vou eu navegando com meus botões vermelhos imaginando que não. Essa coisa que aparentemente parece ser fadigante, não é, pelo menos para mim. A música que entrava em ouvidos carentes e percorria tudo, me desafiava, e isso era bom.
Agora sei da música em detalhes mínimos, e tudo é meu, o que sei não é algo que alguém falou, ou coisa parecida. Maravilha! Isso sim é uma boa maravilha. E esse isso foi gerado e labutado por mim, para não tornar a música superficial, algo bobo.

Nota: a música que ouvi foi da gostosinha Anitta.


sábado, 31 de agosto de 2013

A bicicleta.

Outro dia aí li uma notícia sobre a capital da Dinamarca que carrega o menor índice de congestionamento mundial, e mesmo assim anda ousando e pretende adaptar suas vias, para que pelo menos 50% da população vá ao trabalho de bicicleta. Uma ideia muito legal, perfeita, digna de  louvor! A cidade não enfrenta tanto de congestionamento, mas já anda pensando numa maneira de diminuir o pouco que há.
Ando de ônibus há mais ou menos há vinte anos, quase sempre lotados, mas nunca reclamei por isso, pois pior que isso, é o que acontece dentro deles, e hoje, além de outras coisas, o celular toca a lenga-lenga de mensagens, e ainda mais, os humanos tricotando digitalmente o seu smartphone, é lenha.
Mas adoraria ir para o trabalho de bicicleta, o problema é tentar não ser atropelado por um solitário-apressado em seu automóvel.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Antônio.


Há muito que não me encontrava com o Antônio, e não é que outro dia almoçamos e depois caminhamos um pouco e aportamos nossas mazelas em cima de um viaduto solitário, mas muito bonito.
É engraçado falar com ele, e dele, pois carrega em suas costas finas e tortas, o nome com acento, coisa que sempre confundem. Uns acham que ele sou eu, outros o contrário.
Pousamos num ponto de uma grade e fitamos uma bicicleta enquanto ele falava coisas sobre "ismos". Uma mania chata que carrega, sempre falando das coisas do derredor e etc, o Antônio filho da puta questionador.
Tomamos um pouco de ar na volta à labuta, e seguimos até pouco depois das seis. Ele foi pra lá de num sei de onde, e eu corri pra cá fugindo e carregando certos medos, encarei minha infeliz miséria.

domingo, 25 de agosto de 2013

Cátia, eu e uma caneca de chopp.


Tenho saído muito pouco, descobri que o mundo lá fora é violento e chato demais. O que faz de mim quase um eremita misantrópico. E não falo aqui da violência do bandido, assaltante ou coisa parecida, mas de pessoas mal educadas, do trânsito caótico, dos lugares lotados com seus banheiros sujos e suas músicas altas e sem graça...
Mas há sempre exceções, e digo que ultimamente estão cada vezes mais raras, quase milagres. Ontem foi noite que um aconteceu. Convidado por minha irmã, fui conhecer um bar na Tijuca que fica na Rua Conde de Bonfim, em frente ao Centro Municipal de Referência da Música Carioca, chama-se Bar Garibaldo. O lugar é pequeno; música em volume baixo; banheiro limpo; não é lotado e os pedidos são atendidos rapidamente sob o olhar do dono que fica no balcão, quando não está na calçada fumando. E a especialidade de lá? cerveja. Aleluia!
E não foi só a cerveja que embalou a noite, mas tive uma grata surpresa. Vi um cartaz afixado próximo ao balcão: Show da Cátia de França - sábado (24/08) às 19:00hrs no Centro Municipal de Referência da Música Carioca. Que legal. A Cátia de França ali na minha frente. Como as horas eram adiantadas, nem pensei em ir ao show, já estava por acabar. Resolvi ficar com minha caneca nas mãos, pensando nas músicas da Cátia.
Fui até a calçada fumar um cigarro e receber uma aula sobre cerveja, gentilmente dada pelo dono do Garibaldo, e no meio do papo ele pede licença para atender um grupo de 5 pessoas que tinha chegado. Não pude me furtar de passar a vista no grupo, e lá estava ela no meio, pequenina e sorridente, Cátia de França.
Voltei à mesa e comentei sobre, acabei meu chopp e fui até lá cumprimenta-la. Algo que nunca fiz, tanto pela minha timidez, como pelo fato de imaginar que é um saco ser incomodado por fã. Lembrei até de uma vez que peguei um avião com Alceu Valença, e na minha mochila, eu carregada 4 discos dele, e nem fui lá para ele autografá-los. Mas dei vários descontos por conta do chopp que falava mais alto, pelo local que era calmo e pequeno, tudo estava tranquilo.
Ela como minha conterrânea carrega um sotaque fortíssimo e cheio do falar nordestino. Elogiei seu trabalho e comentei da música "A gente tinha combinado", que ela gravou com um amigo meu de João Pessoa, o Déo Nunes, ela sorrio muito enquanto cantarolava a letra. Também recordei de um show que eu fui e o Xangai (que foi parceiro dela) cantou Kukukaya.
E terminamos nosso encontro quando falei: "Eu quero um amor, faceiro e dengoso, que tenha sede de outros caminhos" - da letra de "A gente tinha combinado" Cátia de França.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O viver.

Quilos de chumbo
Feitos de algodão
Pois boa parte de tudo
É fábrica de sonhos infantis
Ilusão.

domingo, 18 de agosto de 2013

Um choro de menino


Era um menino
e seus olhos de pedinte
banhavam o rosto
em lágrimas de mentira.

O banheiro e Catarina.



Sempre que me vem a mente um banheiro é inevitável lembrar da menina Catarina. Pessoa minha que fala de banheiros e em... e fica por lá, um tempo maior que o normal.

Por conta de uma janela grande e bonita, ela tomou posse do meu. Foi meio fatal não se deixar demorar por qualquer outra coisa. E lá dentro, o seu tempo passava lento e doce, enquanto ela olhava o céu e ouvia o barulho dos vizinhos pulando na piscina e contando mentiras, bebendo cerveja, as vezes se perde um pouco... Me dizia: "é melhor que ler qualquer bula, embalagem de shampoo ou fazer palavras cruzadas".

Depois da noite mal dormida, acordei meio perdido, e enquanto procurava Catarina na cama, me vi sozinho no meio dos lençóis. Não demorou muito para perceber que ela estava no banheiro. Sem medidas de nada entrei, já que a porta estava destrancada e ouvia a Catarina cantar feito canário lindo.

Ela me olhou como quem tem fome e fita um prato de comida. Cheia de vontades, me abraçou forte e mergulhamos no silêncio de um chuveiro de água fria, caindo no chão e curtindo nossos corpos, com a pele mole de tesão.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Sopro de vida e morte.


O sopro é prelúdio para fogueira
E dela vem fogo.
Pode ser, 
Um tanto para acabar certo mal
Outro tanto para acender belo bem.
Coisas de morte e de vida,
Que sempre vem.

Você em mim.

Lembro dos detalhes mínimos, de quando te senti toda minha. Braços, pernas, axilas, pescoço, pés, as ancas sustentando tua cintura fina, e coxas onde fiquei tanto tempo, só não mais que na tua barriga e seios, até chegar no teu meio e gozar contigo.
E no banho, você sentiu vontade de tomar um copo de vinho, prontamente providenciei, enquanto molhava o quarto, a casa, mas você não reclamou. E depois de quase duas garrafas de vinho, encharcamos lençóis, travesseiros, e dormimos como dois vadios.
Acordei com teu cheiro invadindo até pensamentos, e mais. Lá fora o mundo corre loucamente, e eu aqui fujo pra dentro de você.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Eu, voce, e vamos foder.


E a gente rir quando se encontra sem querer. Gosto do teu sorriso, é quase sempre vento abanando meus pensamentos mais tortos, e você bem sabe disso. Sabe aquele dia que a gente transou numa padaria...? Sentimos o cheiro do pão e você me pedia para gozar. Eu te comendo e pensando na porra do pão! Mas gozei em você deliciosamente e você gritava coisas sobre astronautas. A gente se refez em coisa, só eu e você, e depois não se falou a palavra amor. E fomos tomar banho na fonte, que só a gente sabe onde fica, e onde mora o que se chama, erroneamente, amor.

Foto: No dia que a gente viu o sol se por.

Camisa de Vênus na minha adolescência.


Final dos anos 80, inicio dos 90, lá estava eu no meio da rua em tardes de sábado. Lembro bem que o Guilherme lavava e passava o voyage da sua tia, D. Creusa, para depois de polido, chegava boa hora de por cheiros e mais cheiros, pois logo mais as meninas entrariam no carango para passear com ele. E entre uma flanelada e outra ouvíamos música, muita música. No meio de tantas, uma das minhas bandas preferidas era Camisa de Vênus. Ouvi muito Silvia, Gotham City, Solução Final, e por aí vai... Era muito legal ouvir tanta música e ver o Guilherme empolgado, já pensando na noitada que quase sempre era regada por bebida, música e um par de pernas.

domingo, 4 de agosto de 2013

Correr pra lugar nenhum


Pessoas correm para pegar ônibus em agonia, mas piora quando é para atravessar ruas. Tanta pressa para pouca coisa. Outro dia caminhava e alguém passou por mim correndo, ia pegar o mesmo ônibus que eu. Pensei em apagar o cigarro e subir junto, mas vi que ele ainda estava na metade, e não valia a pena. Como quase sempre, não vale.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Abelha no pensamento

Uma abelha na minha mente
Ela procurava flores
Seu ferrão não doía
E ela morreu com a língua seca
Enquanto procurava flores.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Na rua, à rua.


Livre, leve, solta e louca, é a rua. Na rua se vive, deixa viver e ver.
Não é peça boba, é vida. Coisa que se pega, cheira, mastiga, engole e cospe.
Nem bonita, nem feia, nem nada dessa merda toda, só o odor pairando.
Rua é bom e basta de graça.

Foto: Meninas e menino na Cinelândia, numa sexta-feira, que não era treze nem nada.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A pipa e o pescador.


Os Gatos ouvem melhor que os cães (sons mais agudos), e com erro de 7cm, eles sabem a origem de um som a 1m de distância; suas orelhas se mexem de forma individual, coisa que muito ser humano tenta idiotamente fazer; enterram a própria merda; uma fêmea pode ter filhos de pais diferentes numa mesma ninhada; tem um fantástico senso de equilíbrio, quase sempre caem no chão com as quatro patas apoiando; sua velhice é rápida, envelhecem e morrem, não ficam por aí zanzando feito velhos cagões tomando viagra e vestindo baby look.
São curiosos, mas discretos. Quando percebem algo diferente, uma caixa, por exemplo. Eles querem saber o que é, e silenciosamente, rodam o objeto, cheiram, ouvem, e saem. 
Eles não fazem festa com o dono, como também não ligam muito para os estranhos, diferente dos cachorros loucos, que só faltam morrer quando o dono chega em casa, ou ficam putinhos quando alguém estranho aparece. E para chamar atenção, um miado miúdo, delicado, ou um simples carinho roçando seu corpo com pelos pequenos entre as pernas.
Estão presentes em desenhos animados, livros, contos, na História, em muita coisa, são até adorados por idiotas.
São simples, discretos, quietos, como muita coisa deveria ser.
Mas não há perfeição, e estamos aqui para reclamar, eles não tomam banho e lambem o próprio cu.

Foto: Na praça Mario Lago, que antes era Melvin Jones, e popularmente conhecida como Buraco do Lume. Centro/RJ, em dia santo que não é "útil", mas é dos melhores.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Fui ali e não volto.


Caminhar, e só.
Sentir cheiro de rua
Ouvir almas assombradas
Borbulhar ansiedade
Penar coisas do mundo
Enquanto gatos lambem o próprio cu
Cantando para seduzir sardinhas.
Duas vias
Uma é asfalto
Outra linha do trem
De cada uma vem um som.
As pessoas passam
Sem olhar lado, frente ou...
Vão embora
Para onde?
E quem não tem piscina
Sente vontade de pular dentro
Pula, e descobre
Piscina é coisa rasa
Para caber tudo que é vontade.

Foto: Passarela entre a estação do metrô e o Maracanã.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O mundo e o deus, o deus é o mundo.



Do telhado vi o mundo. O mundo é novo, é velho, é louco. Cheio de tanta coisa que enche uma casa vazia. Um teto em cima d'um chão que é sozinho, sem sofá, cama ou um travesseiro sujo. Um cara catava latinhas para vender, e um cachorro olhava pra sua cara suja, e os dois fediam, enquanto os gatos comem peixes, e peixes comem ração. Em qualquer hora, algum se rende e morre. Todos morrem. Meninos e meninas passeiam em ruas alegres, eles são alegres demais, e falsos também. Mas é bom ser falso enquanto a gente come bem e viaja. O menino banguelo que rir do mundo, vai crescer e continuar rindo, mas rindo para o mundo. E o seu riso banguelo se transforma num riso cariado de um adulto triste. No mundo há de tudo. Tristeza, gozo, vida e medo da morte. E se existe um deus, o nome dele é mundo, que durante o dia esquenta ao sol, e a noite, a lua esfria.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

O cheiro de uma mulher.

Dia de cão, de trabalho e trabalho, e para piorar, um curso/palestra pós almoço. Mas nem tudo está perdido, no intervalo do café amargo e sagrado, encontro Paula. Um abraço apertado, daquele que os corpos quase que formam um só, e com direito à velha e boa fungada no cangote, digo que senti saudade do cheiro da pequena. Comento sobre o cheiro, ela diz que mudou de perfume, mas não falei de perfume, e sim do cheiro da Paula. Ela sorrio e comentou sobre o ar condicionado não funcionar bem na sala. No que me veio à mente uma frase, que não lembro se é do Tio Nelson, mais ou menos assim: "a melhor hora para cheirar uma mulher é por volta das quatro da tarde, o perfume que ela usou pela manhã começa a dar lugar ao suor do dia de labuta, ficando aquela mistura gostosa."

Me sinto obrigado a discordar. Por razões óbvias, que vão da teoria à prática, que vale dizer não é de hoje. A melhor hora para cheirar uma mulher é pela manhã, de preferência ainda na cama, antes dela ter qualquer contato maior com o mundo, com a casa. O cheiro entre lençóis e fronhas, no quarto escuro, com uma cara de preguiça e um bico de dengo pedindo um carinho, não há narina que resista e mão que não toque. É algo tão puro e gostoso como um copo de café. Me arrisco a dizer que uma das coisas mais lindas da natureza é uma mulher quando acorda. Até mesmo quando com raiva.

E se na noite anterior aconteceu brincadeiras de amor e suor, e ela sabiamente apenas passou água entre as pernas antes de dormir, muito melhor. O cheiro do suor resvalando e incensando o quarto, o cabelo lindamente assanhado, os olhos cheios de tesão e a cabeça lembrando do banho de gato. Ela rir um riso safado e se deixa levar. Vai abrindo espaço, e ainda sonhando, aos poucos desperta, fogosa, safada... Se entregando ao jogo, do jeito que o homem gosta. E aí amigo velho, acontece uma boa trepada, depois um banho, e se bobear, você ainda ganha café na cama.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Às crianças na praia.



Gosto de entrar dentro do Mar com roupa e tudo, e quando estou fora fico brincando na areia e esperando onda. É um barato se melar na areia com água de sal. Coisas do Mar, ou de amar? Porra nenhuma de amar. A calma mentirosa que vem do Mar não vem de lugar nenhum, e onda não me apavora. Gosto do Mar do jeito dele, alegre e violento, que salta por cima de mim e me suja toda. Fico meio de lama, em lama, e gosto da lama. E lá vou de novo entrar no Mar, esse moço que tanto devoro e ele não me decifra. Velho Mar que não sabe quase nada mim, só o que digo, e sei algumas coisas do Mar, mas não deixo ele saber muito de mim, apenas pouco de mim, quase nada de mim, Mar, só o necessário para você existir.

domingo, 30 de junho de 2013

O Maraca é nosso.




Certas ironias da vida são geniais. Não gosto de futebol e moro bem perto do estádio mais amado do Brasil, e quem sabe do mundo, o velho Maracanã. Querendo eu, vou com meus pés para lá. Mas antes de morar perto, morava n'outro lugar relativamente perto também, fui três vezes. A primeira era encerramento de alguma coisa; segunda, um clássico fla x flu;  e a derradeira, um jogo do Brasil contra alguém que não lembro, mas tenho fotos que não sei onde guardei.
Cruzo com o gigante todos os dias, e o gigante não é só pelota. Vejo ônibus de turista parado na frente, e eles lá registrando o momento, pessoas caminhando ao redor achando que vão perder os quilinhos acumulados na pança, garotos e garotas que frequentam as escolinhas, e por vai... O Maraca (e aqui vai muita intimidade) não é só futebol, não são 22 meninos correndo atrás da bola que fazem o velho estádio guerreiro. Ele é mais, bem mais, e é bonito. E do lado, ainda temos o seu filhote, Maracanazinho, onde a bola passa por cima da rede, em jogos e mais jogos.
Que falem mal da porra da FIFA, das copas, da turma que rouba usando o nome dele, e desse bla bla bla todo, mas por favor, só não falem mal do velho Maraca, esse gigante que seduz nosso povo brasileiro.

Foto: Um dia desses que eu passei por lá quando desci do metrô, e que a justiça feita, não traduzem nada do que é ver o Maracanã ao vivo.

sábado, 29 de junho de 2013

As três bichinhas.


Por volta de mil novecentos e lá vai, eu namorada uma menina linda e estudiosa (hoje infelizmente é advogada). O pai era alguma coisa na UFPB, mãe professora e etc. Tomei muita cerveja com o velho pai, enquanto a mãe mimava a gente com deliciosos tira-gostos. Era muito legal a conversa dele, e quando o álcool começava a cumprir função, o velho feito exímio orador começava a recitar. Eram textos e mais textos, poesias, frases, músicas. Um dos preferidos dele era "As Flô de Puxinanã" do poeta Zé da Luz, que segue abaixo.

Foto: Hoje quando o sol quarava minha careca no caminho de casa. E por conta das três casas, lembrei das Flô de Puxinanã.


As Flô de Puxinanã
(Paródia de As "Flô de Gerematáia" de Napoleão Menezes)


Três muié ou três irmã,
três cachôrra da mulesta,
eu vi num dia de festa,
no lugar Puxinanã.

A mais véia, a mais ribusta
era mermo uma tentação!
mimosa flô do sertão
que o povo chamava Ogusta.

A segunda, a Guléimina,
tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué critão
os oiá déssa minina.

Os ói dela paricia
duas istrêla tremendo,
se apagando e se acendendo
em noite de ventania.

A tercêra, era Maroca.
Cum um cóipo muito má feito.
Mas porém, tinha nos peito
dois cuscús de mandioca.

Dois cuscús, qui, prú capricho,
quando ela passou pru eu,
minhas venta se acendeu
cum o chêro vindo dos bicho.

Eu inté, me atrapaiava,
sem sabê das três irmã
qui ei vi im Puxinanã,
qual era a qui mi agradava.

Inscuiendo a minha cruz
prá sair desse imbaraço,
desejei, morrê nos braços,
da dona dos dois cuscús!

Zé da Luz.

Mundo careta e chato.

Não é que aqui nesse velho Brasil da putaria, a turma da Espanha morreu na mão. Depois de uma vitória e outra, os caras foram bebemorar. E regando a noite com a velha caipirinha e um par de mulheres. Desceram com a mulherada para dar uma boa trepada no hotel que estavam hospedados.
Um jogador de futebol aqui já é grande coisa, imagina lá de fora. E numa noitada de bebidas e outras coisas? Peloteiro só não dorme no meio d'um par de pernas por conta do pessoal que trabalha no hotel.
Os caras doidos para fazer uma bela espanhola foram barrados no baile. Ao chegar no hotel a turma de prontidão disse: puta não entra! Ora porra. Nem pesa o fato de serem putas ou santas, acima disso são mulheres acompanhadas de homens hospedados no hotel. Vai lá que o sujeito está num quarto para uma pessoa, que seja oferecido uma suíte porreta para duas, com hidro e tudo mais, ou para três, quatro e etc. Mas não, é melhor barrar a mulherada. E para entrar na onda dos protestos, os espanhóis jogaram sabonetes e controles. Justo, justíssimo, e ainda fizeram pouco, fosse eu teria tacado fogo no colchão, afinal colchão foi feito para trepar, para dormir uma rede basta.
Soube também que os italianos irmãos do maior comedor na ativa, Silvio Berlusconi, foram barrados aqui por essas bandas cariocas.
O engraçado é que eles negam tudo. Os assessores das delegações dizem com a boca mentirosa que eles não levaram mulheres. Como se isso fosse crime ou feio. Puta que pariu! Feio é um negão da NBA dizer que gosta de sentar num pau. Mas penso que se fosse o caso, a turma do hotel liberasse o acesso, com medinho de alguma manifestação contra a homofobia.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Busquei o que não existe, felicidade.


Você já reparou que a felicidade nunca é sincera? Às vezes penso nisso. Tenho pra mim que felicidade não existe, alias, não existe nem infelicidade. Não há essa coisa toda pregada por aí.
Outro dia vi um rapaz que cantava um samba enquanto colhia latas de cerveja no meio das latas de lixo. Cantando todo solto e alegre parecendo rir de mim, para mim, cantava colhendo as latas enquanto desfilava pelas beiradas da avenida.
Ele veio falar comigo para pedir um cigarro, e com um sorriso cativante, chegou puxando assunto. Conversei um pouco sobre coisas, vida e etc noves fora. Me falou do emprego e de outro emprego, dois filhos e uma morena que fazia a janta toda santa noite.
Foi embora como chegou, cantando e catando latas, e um cigarro no bico. E fiquei lá um bom tempo, pensando no rapaz que cantava enquanto catava minhas latas.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Floco de neve.

Tenho desejos secretos, um deles é ter nas mãos um floco de neve. Floco de neve pode ser amigo, alguém que ouve confissões e não diz palavra, só derrete. Nunca peguei um floco de neve nas mãos, mas imagino que ele fique passivamente adormecendo nas mãos e derreta triste. Floco de neve ser assim mesmo, anjo derretido na mão.
Não quero fazer bonecos com ele, não merece. É mais que isso, é coisa de calor e vento. Uma troca de ideias e coisas. Eu e o floco. Ele não merece ser derretido em forma de boneco com um nariz de cenoura esquisito e idiota. Ele é mais que isso, bem mais.
Outro dia vi crianças que brincavam com uma bola murcha. Que graça! Crianças são assim e assadas. Assadas por um futuro que eles não sabem, e assim por brincarem com uma bola murcha, sem se dar conta do que vem por aí. Crianças brincam com bola murcha e são felizes, mas lá na frente, não serão felizes nem com bolas de ouro.
Quero pegar um floco de neve nas mãos e descobrir que um dia fui criança que brincava com uma bola murcha, sentindo a pureza de que pouco é preciso para viver.

Viva São João!

Vi uma mulher comendo uma espiga de milho com manteiga. A manteiga brilhava nos seus lábios lábios, e o amarelo dos grãos envoltos nas palhas, sumiam na sua linda boca. Mulher é bonita e charmosa até comendo uma espiga de milho com manteiga.
Viva o São João!

domingo, 23 de junho de 2013

Um dia de domingo.

Comecei o dia depois do meio-dia. Acordei e ouvi o som da TV, fazia muito tempo que a TV não era ligada, achei que tinha parado de funcionar. O som baixinho era a voz de uma mulher que falava sobre o tempo. Sempre gostei de ver a previsão do tempo, mas não para saber sobre o tempo, nunca guiei meus passos por conta do tempo. Minha vida é simples e boa, nunca precisei do tempo. Mas gostava de ver as mulheres bonitas falando mentiras sobre o tempo. Tem até um noticiário que elas vão tirando a roupa, e nunca prestei atenção no tempo.
Sinto um cheiro bom que vem do banheiro, cheiro de quem toma banho, e lembro que a Bebel dormiu aqui. E quando a mulher da TV desaparece, a Bebel entra no quarto. Ainda de corpo e cabelos molhados, ela entra pingando no chão, como quem não liga pra essas coisas bobas, pois por conta do calor que faz hoje, em pouco tempo a água vai embora.
Ela senta na cama e me pergunta algo bobo, dormiu bem? Digo que nem lembro de ter dormido. Ela riu e disse que ia à cozinha fazer algum desjejum. Fiquei mais um pouco na cama, só olhei o teto e as teias das aranhas que me faziam companhia. Fui tomar banho.
Bebel era um milagre na cozinha. Fazia qualquer coisa com pouca coisa. E tudo era saboroso. Fez ovos com queijo e um café bem forte e quente. Enquanto a gente comia, ela falava coisas sobre sonhos.
Estava de bermuda, e como não era costume meu, ela perguntou onde ia. Falei que ia comprar cigarro e precisava olhar um pouco ruas vazias, pois era domingo, e dia de domingo as ruas são belamente vazias. Ela me beijo com um beijo de entendimento, sorriu e deitou nua, pronta para tirar um cochilo.
Caminhei um pouco entre ruas que eu conhecia bem, até chegar ao bar. As pessoas assistiam ao futebol sagrado, gritando loucamente. Nunca entendi bem essa coisa de gritar. Pedi uma dose de conhaque e acendi um cigarro, enquanto pensava na Bebel nua que dormia na minha cama e na 'mulher do tempo'.
Vou pra casa, não mais ficar por muito tempo fora de casa. Abro a geladeira, e entre meia cebola e uma garrafa de água pela metade, pelo a vodca, faço uma dose com suco de qualquer coisa e vou pra sala ouvir música baixinha, para não acordar Bebel.
Após alguns discos, poucos até, e vou ao quarto. Vejo-a emaranhada e linda, e ela dorme. Passo um bom tempo olhando e imaginando seus sonhos, o significado de cada mexida, das pernas dobradas, do seu rosto de demônio sonhador. Ela se vira pra mim, e mesmo com os olhos fechados, parece me olhar, um olhar quente e doce. E seu corpo nu falando comigo.
Deito ao lado da Bebel e fecho os olhos. Sentindo seu cheiro e ainda imaginando sonhos. Ela acorda e vira pra mim, começa a me acariciar. Permaneço com os olhos fechados. E lembrando da 'mulher do tempo', dou uma bela trepada com a Bebel, pra depois, beber, dormir e sonhar.

sábado, 22 de junho de 2013

Vendo livros, mas só sei dirigir.

Uma pessoa que trabalha vendendo livros e ler muito pouco, é quase igual a alguém que vende carro e não sabe dirigir.
Mas hoje em dia, foda-se, já que vamos aos supermercados que vendem de tudo, inclusive livros. E chegamos lá com receita pronta, levamos o ingrediente e fazemos sopa de letrinhas em casa.

Quebrar é preciso, não?


Fico imaginando se não tivesse vandalismo, fogueiras, brigas... nos protestos dessa semana. Todo mundo vestido de branco cantando aquela música chata do Vandré com uma flor na mão. Será que a turma ia reduzir o preço das passagens? Será que Dilma ia reunir os seus e depois chegar na Tv dizendo "brasileiros e brasileiras"? Quando ouvi, pensei que era o Sarney. Mas pra isso falta pouco, é só parar de raspar que o bigodão aparece.
Saber o que deve ser feito, eles sabem, mas é sonho querer que façam na boa, se assim fosse, não precisaria de passeatas, protestos e etc. E não é com camisa branca ou mostrando peito caído e suvaco peludo que haverá uma mudança significativa, muito menos do dia pra noite.

Foto: Por minha irmã, Ruth. Quando estava indo ao trabalho pela Av. Pres. Vargas.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Arnaldo Jabor, o cagão.


Já disse um velho deitado: o que dinheiro e uma surra não fizer, é porque você deu pouco. E aqui no botequim da perdição, eu e mais uma pequena alcateia imaginamos que foi o que acometeu o velho Jabor, por conta da frouxura ao suplicar perdão por ter dito que a manifestação é por vinte cents e blá.
Existe um grupo chamado Movimento Passe Livre (MPL) que organizou o inicio de tudo. Eles lutam para que o transporte urbano saia da mão dos empresários, seja zero oitocentos para estudantes (que hoje "pagam" meia), e trabalhadores também, que desembolsam 6% do salário. A "coisa" ganhou força, e a onda de protestos e etc realmente não é só pelos vinte centavos, mas no início não foi?
Aí o cagão do Jabor pede desculpas, certamente ouvindo conselhos de alguém: deixa disso velho, tu tá na Globo e vai falar esse blá? Pede desculpas, não é só por conta dos vintinhos, e a turma não faz baderna, é minoria (engraçado que o noticiário passa vinte minutos de desgraça, mas antes, gasta 10 segundos pra dizer que a manifestação seguiu pacífica e só uma minoria fez merda).
Querido "Jaba", volte a fazer filmes sobre as coisas que o finado Nelson Rodrigues deixou de regalo, com certeza é bem melhor que ser um frouxo cagado.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Pipoca nem fede, nem cheira


Dizem alguns maluquetes que essa coisa de comer pipoca no escurinho do cinema surgiu por conta de uma mensagem subliminar exibida nos filmes de antigamente. Um sujeito descobriu que nosso querido cérebro poderia ser estimulado inconscientemente, e começou a jogar no meio da exibição dos filmes um frame com a imagem do milho estourado e um copo de guaraná. Bum! E isso impulsionado por propagandas e mais propagandas fez nascer famosa dupla "pipoca e guaraná, que programa legal, só eu e você, e sem piruá".
E hoje a danada da pipoca é vendida no meio da rua. Doce, salgada, com sazón, bacon, queijo, manteiga (muita!)...
Lembro de um bar que servia baldes de pipoca salgada à freguesada, e a turma comia loucamente, e por conta do sal consumia muito chopp. Parecia aquela coisa gay de filme americano, onde um sujeito idiota fica no balcão tomando umas e comendo castanha (nem sei se aquela porra é castanha).

Foto: No dia que a galera uivava coisas e coisas, falando do finado Itagiba Brizolão.

sábado, 8 de junho de 2013

A desgraça dos outros é um gozo


Como se não bastasse tanta foto com frases de auto-ajuda que carregam esse velho e fadado ao fracasso Facebook, a turma também gosta da desgraça.
Postam a foto de uma criança fodida e dizem: "é fulana e blá... quantas curtidas ela merece?" Ora porra, nenhuma! Quem diabos nesse mundo de meu deus curti o outro na lama? Só os punheteiros da desgraça, que gozam ao ver que existe alguém pior que eles, e com isso justificam sua vida carregada de merda.

Foto: Um hidrante; calçada de pedrinhas; uma beirada de jardim onde a bela mãe e filhote, numa manhã sem nuvens no céu e com um sol que não esquenta tanto (sei lá, uns vinte graus), se banham de raios; um jardim novinho em folha; ao fundo o prédio novo da nossa queria Petrobras, salve, salve e aleluia!; e no busa, eu, cheio de sono indo trabalhar rodeado de gente doida.

Gentileza


O ano era meia um, e do outro lado da ponte em terras araribóias, um sujeito chamado Danilo Stevanovich vindo lá da terra daquele tio montou "o maior e mais completo circo da América Latina", o Gran Circus Norte-Americano, que estreou em Niterói no dia 15 de dezembro de 1961.

Em dia quinze de dezembro o circo estava lotadaço, e o dono precavendo alguma merda mandou suspender a venda dos ingressos. Um filho da puta chamado Dequinha tentou entrar sem pagar, tendo sido pego por um funcionário do circo, ficou putinho. No outro dia ficou rondando o local e provocando todos, e daí surgiu a ideia de incendiar o circo. Eram três mil pessoas, mais de quinhentas morreram, e nem precisa falar que boa parte eram crianças.

Alguns dias depois, acordava Marcio José Andrade da Silva, que tendo ouvido vozes que mandaram ele largar tudo material e se dedicar ao espiritual, foi parar no local do incêndio. Lá ele plantou um jardim sobre as cinzas e fez sua morada. Consolou e confortou os familiares das vítimas, e depois disso, ficou conhecido como José Agradecido, o nosso Profeta Gentileza.

Hoje seus escritos perambulam pelos viadutos cariocas. E na camisa de muito filho da puta, sua frase mais conhecida: Gentileza Gera Gentileza.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Foderam com a Clarisse, agora é a vez do Velho Safado



A turma das montagens com fotos surpreende mais uma vez. Não gosto de auto-ajuda, dessa bobajada que paira entre livros, músicas, filmes e fotos de gente fodida com frases de piedade. Sinto uma sincera ojeriza dos que criam essas montagens toscas.

Passando a febre dos coitados Caio & Clarisse (passou?), agora é a vez do Bukowski, o Velho Safado, que em vida além de entregar cartas, foi escritor.

Mesmo atribuindo corretamente a autoria da frase, a turma não consegue fazer direito, pois mesmo tendo certo sentido foto-frase, pescaram só uma parte do texto. O que não é nada, já que fizeram tantas e tantas montagens atribuindo errando a autoria da frase, dentre outras coisas.

Imagino os três sentados numa mesa e rindo. Mas ao menos o velho pode se gabar das frases serem realmente suas, como a delicada e linda que segue na foto, retirada do livro "O Capitão Saiu Para o Almoço e os Marinheiros Tomaram Conta do Navio".
Segue abaixo mais um pouco do texto.

“Não reverenciam suas próprias vidas, mijam em suas vidas. As pessoas as cagam. Idiotas fodidos.
Concentram-se demais em foder, cinema, dinheiro, família, foder. Suas mentes estão cheias de algodão. Engolem Deus sem pensar, engolem o país sem pensar. Esquecem logo como pensar, deixam que os outros pensem por elas. Seus cérebros estão entupidos de algodão. São feios, falam feio, caminham feio. Toque para elas a maior música de todos os tempos e elas não conseguem ouvir.
A maioria das mortes das pessoas é uma empulhação. Não sobra nada para morrer.”

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O troco, o vilão.



O problema maior não é o aumento da passagem de ônibus, mas o troco. Em sábado que foi anteontem, a turma andou protestando contra a tal que subiu de R$ 2,75 para R$ 2,95. Eles deveriam protestar contra o preço quebrado, não o aumento. O aparente singelo aumento de 20 centavos, é só mais um cotoquinho no nosso rabo. Como diria um velho deitado: "o que é um peido para quem tá cagado?". Mas aí certo dia um sujeito que administrava uma empresa resolveu tirar uma azeitona do vidro, com isso a empresa lucrou tantas notas. Vai que fazem isso com a passagem de ônibus e aumentam para R$ 3,00?

Quem compra coisas que custam miúdos sabe da dificuldade do velho troco, quando você não perde os centavos, ganha balinhas. Foda! E aqui o réu confesso, filho da puta que dava balinhas em lugar de moedas, quando na época que tinha uma locadora de DVD e lá vendia cartão telefônico, sei bem o que é isso.

Mas voltando ao ônibus. Em horários chamados de "pico" (aqui vale um abre, deveriam chamar 'horários de pica'), a maioria usa cartão, por conta disso não há tanto problema com troco. Mas hoje peguei um no meio da tarde e vi o motorista-trocador sofrer demais com o troco, o coitado dava um jeito sofrido, como se não bastasse a dupla função.

Mas achei algo muito legal. Numa deliciosa segunda-feira de chuva o pessoal não fez muita questão dos cinco centavos. E o "piloto" bem feliz e para nossa alegria, parava até onde não tinha ponto, no que os passageiros desciam agradecendo. Oh glória!

Light My Fire



No ouvido: Light My Fire na voz da belíssima Patricia Barber, disco Modern Cool, uma das preferidas. E minhas escusas ao JM, mas a menina banha o The Doors de doçura e outras coisas. E a Jacintha? Fale disso não mancebo de pouca fé, o pecado é grande. Essa coisa bem lenta, como quem retarda certo prazer que a gente chama de gozada, é muito melhor.
Hoje chove e não existe isso de dormir ouvindo barulho da chuva e bicho, deixemos de matutice. O negócio é dormir ouvindo um belo ar condicionado e cheirando uma cria de nossa costela, que exala os mais puros 150 tons de putaria do belo cangote.

domingo, 2 de junho de 2013

Shampoo é shampoo



Ao tomar banho, mesmo não tendo cabelo, uso shampoo. É meio estranho isso, mas gosto do cheiro de shampoo, me faz bem. Tenho certeza que sentando numa cadeira de psico-alguma coisa, ele diria que sofro de algum blá.
Acabei lendo algumas coisas postas no rótulo, e entre cabelos lisos, evitar queda... o tal bendito não tinha sal, e prometia um cabelo sem sal. Aí não aguentei, parei, tive medo de continuar e descobrir que meu cheiroso shampoozinho me serve até para levantar o pau. Alias, ele levanta, mas aí tem que ser posto nos cabelos de uma bela loira. Lembrei do velho colorama, do tempo que shampoo só servia para lavar cabelo e pronto.
Mas hoje em dia a coisa é meio louca, inventam de tudo pra vender. Aquela velha expressão que a gente usava: olha só, isso aqui só falta falar, foi pro saco há tempos. Hoje tudo que é eletrônico fala, ouve e ainda dar conselhos; desodorante que dura uma semana e enche sabiamente uma arca com belas gostosas; carro que fala, ver, ouve, e se enche de gostosas; cosméticos e mais cosméticos, ou coisa parecida, seja lá o que isso for, que trazem o macho encantado...
E a gente feito tonto consumidor de tanta coisa inútil, não é hora de voltar a usar o velho e bom colorama da vida?

sábado, 1 de junho de 2013

Homem de pouca fé, Seu Tomé.

Nas madrugadas insones, livros, músicas e programas de tevê, menos chocolate. Aí também é demais. Vejo o tal bispo, pastor, ou sei lá o que ele era. Mas o cara falava comigo, e eu de oiças atentas, segui o protocolo. Na falta de um copo com água, foi o com gim e tônica. Pensando bem, acho que vinho cairia melhor. Pedido feito, e num gole só, entrou o líquido do meado copo. A súplica foi para eu ganhar uns milhões na mega sena de hoje, que por sinal nem joguei. E como ando pior que o coitado do Seu Tomé, nem vendo eu acredito.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Tio Juarez.


De todas as pessoas que conheço nessa mundo de meu deus, ninguém, mas ninguém mesmo, é mais sábio em rock que meu tio Juarez. Sabe de tudo de todos. Histórias das músicas, aquelas letras que falam da dor de corno, com fulano morreu e etc.

E eu cá, lembro bem de uma fita cassete que ele me deu há uns tantos 20 anos atrás. Tinha iniciado o aprendizado do violão, e sabido disso, me enviou de presente pelo meu saudoso e querido salve pai, que estava em visita na sua casa, a dita fita: "leva essa fita para o novo". Tinha na bendita só rock. E entre Hendrix e outras coisas boas, hoje ouço e vejo Hendrix, queimando sua guitarra, no bom e velho fogo da música que se chama Rock. E ante ao esquecimento, puta que me pariu, que som do caralho!

Um salve odeado ao meu tio Juca, ao Hendrix e a quem gosta do bom e velho "sexo, drogas e rock n' roll".

Aleluia!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A repetição de certas coisas.



Vejo a turma desse velho e malhado Facebook herdando velhos hábitos do finado Orkut. Reclamam e reclamam das postagens alheias. E é sempre a mesma coisa: frases do João dizendo ser da Clarice; figurinhas com frases; blá.

Não enxergo isso como algo de todo ruim. Que postemos coisas entre aspas, mas só isso é foda. Falemos dos outros, de nós, da vida e do vento, com um mínimo de opinião, mesmo que seja baseada em tal tal tal...

Jogue a merda aos quatro ventos. E que ela entre no buraco dos ouvidos alheios. Pois é coisa tão sem graça, falar e falar citações, pra terminar gozando com o pau dos outros.

Amém.

O passado

Antes era em http//www.zairon.blogspot.com.

Agora, o agora é aqui.