domingo, 26 de agosto de 2018

sexta-feira, umas vinte e tantas horas.

sexta a noite, umas vinte e tantas horas e toca o app, srta. j.

mando a mensagem padrão (boa noite, estou a caminho e bla bla bla...). estaciono na frente de um prédio grande, bairro nobre da cidade, e aguardo. um minuto se passa, e ela diz: estou descendo... dois minutos e ela entra no carro. inicio a viagem e aparece o destino: um barzinho bem lega.

banho tomado e o cheiro ocupa todo espaço, ela senta no banco da frente e pergunta se tem espelho, digo que sim, e gentilmente desço o espelho, e srta. j. começa a se ajeitar. abre a bolsa e saca um estojo de maquiagem...

agoniada que só ela, me pede pra acelerar, e eu acelero na medida do possível. e seguimos ouvindo marisa monte: "eu conheço todo jeito, todo vício, sem te tocar..."

srta. j. começa a reclamar de alguma coisa que eu não entendo, e me pede para fazer um desvio no trajeto, pegar uma amiga, o que atendo de pronto. outro prédio, e a amiga demora a descer, ela manda um áudio via whatsapp. daqui a pouco a amiga desce, e ao passar pelo portão do prédio, quase leva uma queda, rimos juntos dentro do carro, sem a amiga notar.

as duas começam a conversar animosamente, e marisa monte já foi embora, agora canta jorge ben: "você com essa manial sensual, de sentir e me olhar...", a amiga de j. pede pra aumentar o volume, pedido atendido com muita felicidade. e a viagem segue pro seu destino, o bar.

desvio no trajeto, demora pra entrar no carro e etc, penso em dar 3 estrelas para srta. j., mas dou cinco. vai ver ela tem mais problemas que eu. e as duas ficam por lá, no bar.

vou embora sentindo o cheiro da maquiagem, e tentando lembrar, do que tanto a srta. j. reclamava.

domingo, 6 de maio de 2018

ao meu tio, esclareça

meu tio me esclareça
na dúvida és decidido
enrolada é minha cabeça
e tempo tenho perdido.
quero sua experiência
pra falar de saliência
pois é muita minha inocência
no oitavão rebatido.

terça-feira, 20 de março de 2018

um dia a gente para.

lá em cima, voce me pediu para parar, e voce deve saber que eu não consigo, não é de mim, não combina comigo. é o não querer parar, e de uma maneira ou de outra, fazer algo, mesmo que seja troncho, contra tua vontade. até quando eu puder fazer, até quando eu aguentar, eu faço, e não paro... mas lá na frente, quando realmente as coisas caírem em si, vou tirar meu pequeno time de campo, e curtir minha derrota...

as vezes voce é tão infantil, como agora, dizendo que não mais vai me chamar de novo. e por mais que eu não goste dessas coisas infantis, eu gosto quando vêm de você, gosto de você em tudo, ou quase tudo.

agora fui. pelo menos por hoje.

*:

quinta-feira, 15 de março de 2018

bom dia minha t., meu T.

oi t., bom dia.

agora você tá dormindo, e se não acordar com sede ou sei lá o que, só vai ler essa mensagem depois que o sol der as caras.

te imagino enrolada em mil lençóis, e agarrada a quinhentos travesseiros. e eu aqui pensando nisso, em você toda, e sentindo teu cheiro... alias, passei a noite inteira pensando em você. falei com você quase agora (nem parece que foi ontem), estava bem perto, e quis te ver, sou réu confesso, eu confesso.

por mais que eu me aguente, por mais que eu me policie, por mais que faça mil coisas, não consigo deixar de te dizer meus pensamentos, pelo menos não agora. e isso é bom, me faz acordar pela manhã até disposto (cheio de vontades e desejos), me faz cantar no meio de uma tarde quente, e quando chega a noite, me deixo viajar em pensamentos contigo, todos teus.

acabei de chegar em casa, e já de banho tomado e etc, queria te dar um beijo de boa noite e desejar bons sonhos. deitar do teu lado, sentir teu cheiro, teu corpo, e dormir pensando que vou acordar, olhar nos teus olhos (que eu quero sempre ver), te dar um beijo na boca, e te dizer que a vida é boa, e toda vez que a gente acorda, é um motivo pra gente ser feliz.

e se um dia, ou vários, a gente acordar juntos, juntinhos, quase na mesma hora, como que combinados (nossas coincidências), e você olhar pra mim sorrindo ou chorando, eu vou te dar um beijo, e muito mais...

do teu amante,
eu.

ps1: e quando acordar e se arrumar, não use de batom, quero te dar um beijo;
ps2: só assinei essa "carta", pra fazer o primeiro "ps".

segunda-feira, 5 de março de 2018

sr. wilson.

oi vovô.

hoje eu resolvi ajeitar minhas coisas, minhas poucas coisas. e entre as coisas, peguei a câmera fotográfica que você me deu. lembra? minha primeira câmera, uma fuji de filme. fiz muita foto legal com ela (e já peço escusas pela cacofonia).

tenho várias primeiras coisas contigo, vovô. minha primeira bicicleta foi uma monark marrom, que você me deu, a primeira tv colorida lá de casa, o telefone (224-9834), a mesa do teu escritório, que tá aqui no meu quarto, e até hoje eu uso, é minha mesa oficial... e por aí vai.

eu lembro bem do teu chevete cinza, ele era a alcool, e você comprou zero km.
lembro de tanta coisa, vovô. você me chamando de tota cassiano, e quando a gente almoçava na mesa, você dava a graça. e a gente indo a praia aqui no bessa, pra tomar banho de mar. escuto tua voz, teu sorriso e todas as coisas tuas.

quando eu falo você escuta, abre teus olhos miúdos, e sem dizer uma única palavra, me diz que a vida é boa e vale a pena.

me desculpa de novo, por ser tão prolixo e enfadonho,
do teu neto,
tota cassiano.

foto: num domingo desses, logo de manhã, eu e meu avô.

sábado, 3 de março de 2018

pra não tentar esquecer.

ela me pediu pra esquecer nossos beijos, e nossas coisas todas... não consigo, nem tento esquecer, não conseguiria mesmo.
 a gente conversa por horas e horas, e depois ficamos calados olhando pro mar, e sentindo o vento bater, deixando levar alguma coisa pra longe.
nossos pensamentos se beijam, tanta coisa em comum que me assusta.
é tudo muito leve e sincero, como tem que ser, como a gente é.
e vou rezando essa missa, mesmo sem saber rezar.
cantando uma música que não sei cantar, me acostumando com esse gostar todo, e tentando ter um pouco de fé.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

chocolate

eu: oi.
ela: oi.
- tudo bem?
- sim, e por aí?
- nem tudo bem.
- as coisas parecem que nunca vão bem.
- sim, quase sempre.
- por isso que você bebe, não é? deve ser por isso.
- só gosto de beber.
- as vezes você pode comer um chocolate.
- não gosto.
- já te dei um chocolate, e você comeu.
- por educação. foi a primeira coisa que me ofereceu.
- imaginei.
- imagino muita coisa.
- me diz uma.
- te digo todas, mas só se você deixar.

domingo, 7 de janeiro de 2018

a gente.

outra noite fomos a praia, e nem tomamos sorvete ou cerveja, nada, a gente só conversava e olhava pro mar. não lembro da tua roupa, só do teu cheiro, tua boca sorrindo, teus dentes e olhos me tocando... tenho saudade, e uma vontade grande de te beijar.