sexta-feira, 8 de março de 2019

oito de março de dois mile dezenove.

é latinha.

ela tinha. começando assim fica feio, é a tal cacofonia, até a palavra é feia.

mas a bem da verdade, é que ela tinha mesmo. como frasearam os poetas, ela tinha de tudo, era uma baiana que tudo tem, ou tinha. deus e o mundo perguntava: o que ela não tem? feito a feira de mangaio, do saudoso sivuca, ela era a clara nunes cantando, e de tudo tinha, e tem.

é mãe (sempre), irmã, prima caçula, uma vó perfumada, vizinha faladeira, uma tia, a amiga derradeira, aquela que canta pra tu dormir e gritar pra acordar, te pergunta se ta tudo bem, ou se pode melhorar.

cheia de mania e de coisa, as vezes assim ela é, e é assim que a gente deve amar. ela toda, todinha, sem tirar nada, melhor por, é muito melhor por.

feliz dia oito de março de dois mile dezenone.

domingo, 3 de março de 2019

sonho.

hoje sonhei contigo, a gente dançando uma lenta, assustado, sabe? eu sei que você não sabe, é muito nova pra saber o que é um "assustado". eu bêbado te falava poemas meus, feitos pra você, todos. e todas aquelas pessoas esbarrando na gente, e eu cheio de vontade de matar todo mundo, e ficar só eu e você dançando, ou melhor, a gente se calar, e só morrer de amor.