sexta-feira, 19 de julho de 2013

O mundo e o deus, o deus é o mundo.



Do telhado vi o mundo. O mundo é novo, é velho, é louco. Cheio de tanta coisa que enche uma casa vazia. Um teto em cima d'um chão que é sozinho, sem sofá, cama ou um travesseiro sujo. Um cara catava latinhas para vender, e um cachorro olhava pra sua cara suja, e os dois fediam, enquanto os gatos comem peixes, e peixes comem ração. Em qualquer hora, algum se rende e morre. Todos morrem. Meninos e meninas passeiam em ruas alegres, eles são alegres demais, e falsos também. Mas é bom ser falso enquanto a gente come bem e viaja. O menino banguelo que rir do mundo, vai crescer e continuar rindo, mas rindo para o mundo. E o seu riso banguelo se transforma num riso cariado de um adulto triste. No mundo há de tudo. Tristeza, gozo, vida e medo da morte. E se existe um deus, o nome dele é mundo, que durante o dia esquenta ao sol, e a noite, a lua esfria.

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