domingo, 25 de agosto de 2013

Cátia, eu e uma caneca de chopp.


Tenho saído muito pouco, descobri que o mundo lá fora é violento e chato demais. O que faz de mim quase um eremita misantrópico. E não falo aqui da violência do bandido, assaltante ou coisa parecida, mas de pessoas mal educadas, do trânsito caótico, dos lugares lotados com seus banheiros sujos e suas músicas altas e sem graça...
Mas há sempre exceções, e digo que ultimamente estão cada vezes mais raras, quase milagres. Ontem foi noite que um aconteceu. Convidado por minha irmã, fui conhecer um bar na Tijuca que fica na Rua Conde de Bonfim, em frente ao Centro Municipal de Referência da Música Carioca, chama-se Bar Garibaldo. O lugar é pequeno; música em volume baixo; banheiro limpo; não é lotado e os pedidos são atendidos rapidamente sob o olhar do dono que fica no balcão, quando não está na calçada fumando. E a especialidade de lá? cerveja. Aleluia!
E não foi só a cerveja que embalou a noite, mas tive uma grata surpresa. Vi um cartaz afixado próximo ao balcão: Show da Cátia de França - sábado (24/08) às 19:00hrs no Centro Municipal de Referência da Música Carioca. Que legal. A Cátia de França ali na minha frente. Como as horas eram adiantadas, nem pensei em ir ao show, já estava por acabar. Resolvi ficar com minha caneca nas mãos, pensando nas músicas da Cátia.
Fui até a calçada fumar um cigarro e receber uma aula sobre cerveja, gentilmente dada pelo dono do Garibaldo, e no meio do papo ele pede licença para atender um grupo de 5 pessoas que tinha chegado. Não pude me furtar de passar a vista no grupo, e lá estava ela no meio, pequenina e sorridente, Cátia de França.
Voltei à mesa e comentei sobre, acabei meu chopp e fui até lá cumprimenta-la. Algo que nunca fiz, tanto pela minha timidez, como pelo fato de imaginar que é um saco ser incomodado por fã. Lembrei até de uma vez que peguei um avião com Alceu Valença, e na minha mochila, eu carregada 4 discos dele, e nem fui lá para ele autografá-los. Mas dei vários descontos por conta do chopp que falava mais alto, pelo local que era calmo e pequeno, tudo estava tranquilo.
Ela como minha conterrânea carrega um sotaque fortíssimo e cheio do falar nordestino. Elogiei seu trabalho e comentei da música "A gente tinha combinado", que ela gravou com um amigo meu de João Pessoa, o Déo Nunes, ela sorrio muito enquanto cantarolava a letra. Também recordei de um show que eu fui e o Xangai (que foi parceiro dela) cantou Kukukaya.
E terminamos nosso encontro quando falei: "Eu quero um amor, faceiro e dengoso, que tenha sede de outros caminhos" - da letra de "A gente tinha combinado" Cátia de França.

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