domingo, 2 de abril de 2017

no teatro.

Estava todo mundo lá, o teatro não estava nem cheio, nem vazio, e tudo cheirava bem, até os banheiros.
Me sentia triste, é costume, e fiquei sentado sozinho. Lado esquerdo o corredor para passagem, lado direito uma cadeira comigo, e tantas outras também. Usava a melhor roupa que eu tinha, camisa polo, calça jeans um sapato marrom claro, com meias por dentro que combinavam. Eu me sentia um idiota.
 
O artista entrou.
 
Na frente tinha um casal cochichava alguma coisa, acho que o cara só queria comer a menina, e deve ter gasto uma certa quantia pra isso. Tem gente que se resume a isso, fazer por onde ter sexo. Atrás duas mulheres, pela voz meia idade, um pouco mais, elas falavam entre uma música e outra - oh! essa é boa.
 
E lá estava eu sem entender nada, mas prestando atenção, e o cantor de repente parou.
 
Alguma coisa na performance era interessante, e eu só queria sair dali pra mijar e acender um cigarro com uma cerveja na mão.

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